EXPANSÃO TERRITORIAL E TRATADOS DE LIMITES

EXPANSÃO TERRITORIAL

A ocupação do interior do Brasil foi muito mais complicada do que a do litoral e foi movida, principalmente, pela busca de metais preciosos.

ENTRADAS

Eram expedições organizadas pela Coroa e, portanto, oficiais. Delas participavam apenas homens brancos, cujos objetivos eram procurar metais preciosos, combater indígenas, povoar e abrir vias de transporte. Procuravam não ultrapassar o limite do Tratado de Tordesilhas. As principais foram comandadas por Américo Vespúcio, Sebastião Tourinho, Antonio Dias Adorno, Gabriel Soares de Sousa e Belchior Dias Moreia.

BANDEIRAS

Eram expedições organizadas por particulares e delas podiam participar homens brancos, índios, negros, mulheres e até crianças. Partiam, principalmente, da Vila de São Paulo e não respeitavam o limite de Tordesilhas.

Tipos de Bandeirismo:

Bandeirismo de Caça ao Índio ou Apresador: Objetivava capturar índios para vendê-los como escravos, inclusive destruindo Missões Jesuíticas. Destacaram-se Antônio Raposo Tavares e Manuel Preto.

Bandeirismo Minerador ou Prospector: Visava descobrir metais preciosos. Destacaram-se: Fernão Dias Pais Leme, Borba Gato e Bartolomeu Bueno.

Bandeirismo ou Sertanismo de Contrato: O bandeirante era contratado por particulares ou pelo Estado para destruir tribos selvagens e quilombos. O principal destaque foi Domingos Jorge Velho.

OBS. As Bandeiras desbravaram e povoaram o interior, descobriram riquezas minerais e ampliaram o território para além dos limites do Tratado de Tordesilhas.

MONÇÕES

Expedições fluviais, que partiam da Vila de São Paulo para Cuiabá, carregadas de mantimentos para vender na região das minas.

MISSÕES OU REDUÇÕES

Eram aldeias criadas pelos jesuítas, nas quais viviam milhares de índios, recebendo ensinamentos sobre religião e trabalhando sob a direção dos religiosos.

TRATADOS DE LIMITES

A maior parte das fronteiras do Brasil atual foi definida neste período.

TRATADO DE LISBOA (1681)

Os portugueses possuíam a Colônia do Sacramento, que ficava dentro dos territórios espanhóis, a qual era invadida freqüentemente pelos platinos. Em 1680, a Colônia do Sacramento foi ocupada por espanhóis, mas foi devolvida em 1681. 

TRATADOS DE UTRECHT (1713 E 1715)

Com o fim da Guerra da Sucessão Espanhola, representantes dos países envolvidos se encontraram na cidade holandesa de Utrecht. Portugal assinou dois tratados:

Tratado de Utrecht (1713): A França reconheceu o rio Oiapoque como fronteira entre o Brasil e a Guiana Francesa.

Tratado de Utrecht (1715): A Espanha devolveu a Colônia do Sacramento a Portugal. 

TRATADO DE MADRI (1750)

Foi assinado entre o rei Fernando VI, representando a Espanha e o brasileiro Alexandre de Gusmão, representando Portugal e tinha como base o princípio do Direito Romano: “Uti possidetis, ita possideatis”, ou seja, “assim como possuis, continuarás a possuir”. Assim sendo, a Colônia do Sacramento ficou com Espanha, enquanto que os Sete Povos das Missões e todas as terras a oeste de Tordesilhas, que estavam ocupadas por brasileiros, passou a pertencer a Portugal. 

TRATADO DE EL PARDO (1761)

Revogou o Tratado de Madri.

TRATADO DE SANTO ILDEFONSO (1777)

Retomou as decisões do Tratado de Madri, exceto pelos Sete Povos das Missões, que continuaram com a Espanha. 

TRATADO DE BADAJÓS (1801)

Os Sete Povos das Missões passaram para o domínio de Portugal.